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os casos que podemos tratar

O que é a colecistite?

A vesícula é responsável por armazenar a bile, que é produzida pelo fígado e auxilia na digestão. Quando ingerimos alimentos, a vesícula se contrai e elimina a bile pelos ductos até o intestino delgado. Quando há a presença de cálculos (colecistite), pode provocar dor intensa na parte superior do abdômen, se irradiando até as costelas. A colecistite é uma inflamação da vesícula biliar, geralmente ocorre devido a obstrução do ducto cístico que é provocada devido a presença de cálculos no órgão. Essa condição é classificada como aguda ou crônica.

Colecistite aguda

Nessa classificação, as crises se iniciam de maneira súbita, provocando dores intensas no abdômen durante um período entre 15 a 60 minutos. Em algumas situações, há vômito e enjoos devido a dor. Caso o indivíduo apresente icterícia ou urina escura e fezes em tons mais claros, é muito provável que o ducto biliar esteja sendo bloqueado, provocando a colestase (acúmulo de bile no fígado). A inflamação do pâncreas (pancreatite) também é uma intercorrência causada pela presença dos cálculos, sendo uma condição grave que deve ser tratada o quanto antes.

Colecistite crônica

Em casos de colecistite crônica, os indivíduos apresentam crises mais recorrentes de dor intensa, mas duram menos tempo quando comparadas a colecistite aguda.

Diagnóstico

O diagnóstico de colecistite é através do ultrassom e outros exames de imagem, podendo também detectar a espessura da parede e o líquido presente ao redor da vesícula biliar. Quando há suspeita de alguma complicação da colecistite, como pancreatite, o diagnóstico é feito através da tomografia.

Tratamento

Para o tratar a vesícula biliar, é recomendada a retirada completa do órgão. Quando falamos sobre a remoção da vesícula biliar (colecistectomia), existem dois métodos cirúrgicos que predominam: a cirurgia aberta, que é uma abordagem mais tradicional, e a videolaparoscopia, uma abordagem mais moderna e menos invasiva. Compreenda quais são as diferenças entre os procedimentos.

Cirurgia aberta:

Nesta técnica, é necessário que o cirurgião realize um corte no abdômen do paciente para a remoção da vesícula, sendo mais invasiva, prolongando o tempo de cicatrização e provocando leve desconforto ao paciente.

Cirurgia por videolaparoscopia:

Consiste em 4 pequenas incisões na região abdominal, sendo uma para introduzir o laparoscópio (equipamento que permite visualização do local) e os outros para introduzir os instrumentos cirúrgicos e remover a vesícula. Algumas das vantagens dessa abordagem é o curto tempo de recuperação, que permite que o paciente receba alta logo após o procedimento, além de minimizar as chances de complicações pós-operatórias e proporcionar retorno às atividades normais mais rapidamente.

Cuidados após a cirurgia

Manter uma alimentação leve e totalmente livre de gordura, evitando carnes de peixe e vermelhas gordurosas, manteiga, queijos amarelos, nozes, abacates e outros que possam conter gordura;

Não ingerir bebidas gaseificadas e bebidas alcoólicas;

Consumir frutas que auxiliam o funcionamento do intestino;

Manter os curativos limpos e secos para garantir uma cicatrização sem complicações;

Não expor ao sol o local do procedimento durante os 180 primeiros dias após o procedimento;

Evitar atividades físicas intensas, apenas fazendo caminhadas curtas para auxiliar na circulação sanguínea;

Seguir todas as orientações prescritas pelo seu médico cirurgião.

Entre em contato com seu médico cirurgião para que ele possa solicitar exames adicionais e encontrar a melhor abordagem para sua cirurgia. Ao obter um diagnóstico precoce, é possível evitar complicações mais graves.

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